“I’d love to mint something with you” – Tamiko Thiel.
#thenewartfest
The House of Thoughts
NFTs take off
Virtual conference
September 15, 2021
Brussels 16:00
Lisbon and London 15:00
New York 10:00
Hong Kong 22:00
Panel discussion
Berk Özdemir +
Kevin McCoy +
Robert Alice +
Moderator
António Cerveira Pinto
TNAF Artistic Director
NFTs take off_intro
Is the art world moving into a singular moment?
There is, at least, an ongoing cultural metamorphosis we should address.
What is the degree of transformation imposed on artistic conventions and art in general by digital societies?
Will it ever be possible to protect digital authorship, namely using the paradigm known as Blockchain? In a major electrical storm, or world war event, which entities would guarantee the reliability of computer networks? What if governments take control of cyberspace (as a CCP decided to do in Communist China after Xi Jinping came to power)? Would guaranteeing the authenticity of digital art, by itself, ensure its intrinsic value to artists, collectors, art markets and museums?
Does the Blockchain threaten capitalism? Or, on the contrary, it will eventually overcome yet another bottleneck of value accumulation, caused this time by a resource and demographic crisis, as well as by the general monetization of public and private debts?
In short, how much can we trust the Blockchain? Will they protect authorships and creative work in general, or will it be more of a stimulus for rampant speculation and the construction of new and gigantic Ponzi Pyramids? Is it reasonable to believe in the advent of a desirable, transparent, shared and secure democracy, as well as free access to virtual goods protected by NFTs?
Seven topics on art and blockchains (NFTs)
1) SCARCITY — the need for authorship protection, ownership certification and scarcity management.
What happens to my art (my money) when an NFT company, or platform, goes bust?
2) COMPLEXITY — implies some knowledge-intensive artistic creation process.
Can we expect friendlier platforms to create NFTs? iNFTs? Could new developments in the worlds of cryptography and IA generate their post-human paradigms of artistic creation and reception?
3) BINARY CODE — is the latest dematerialised state for an art object, but quantum computing could be just around the corner…
In the 1970’s one spoke about the dematerialisation of the artistic object. Now we should also refer to the dematerialisation of artists, the public, and markets. It is not sure, however, that the ‘output’ should always be digital. 3D printing, synthetic bio-art (namely through the development of cyber-bodies), hardware and software retro-engineering and bending, geo-art and space art will end, one day, with the screen as the leading standard of digital art. The scientific-technological and philosophical expansion of art may appear to be an essential but limited transformation. It would be a necessary condition (hence the importance of 2021!), but not a sufficient one.
4) METAVERSE — may “intelligent NFTs” (iNFTs) send cryptographic art to a more radical state in the current cyber revolution, which seems destined to establish new protocols for definition, authorship, authenticity, commerce, usufruct and conservation of works of art?
5) POST-CONTEMPORARY ART — real and digital time, being both of a material nature, are, however, different. In the same way, crypto-art and so-called contemporary art (Romantic and Modern by definition) are radically apart. Although we can find links between some cryptographic works and the genealogy of “conceptual art” / namely Dada and Situationist, it would perhaps be prudent to accept that this link is somehow fragile. Was there an earthquake or not in the meantime (Neuromancer, Snow Crash)?
6) GALLERIES AND MUSEUMS — will 18th-century art museums be able to adapt to the cyber revolution? And art galleries born in the 19th century, would they be able to overcome the technological crisis? The challenge is only now truly beginning.
7) THE SUBJECTIVE REALM. Do you expect to see in the foreseeable future a crypto Van Gogh?
António Cerveira Pinto
Artistic Director
TNAF
Join Zoom Meeting
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#thenewartfest
The House of Thoughts
NFTs take off
“I’d love to mint something with you” – Tamiko Thiel.
Conferência virtual
Setembro 15, 2021
Bruxelas 16:00
Lisboa e Londres 15:00
Nova Iorque 10:00
Hong Kong 22:00
Painel
Berk Özdemir +
Kevin McCoy +
Robert Alice +
Moderador
António Cerveira Pinto
TNAF, Diretor Artístico
NFTs take off_intro
Estará a arte à beira de um evento singular?
Há, pelo menos, uma metamorfose cultural em curso que levanta questões às quais é preciso responder.
Qual o grau de transformação imposto às convenções artísticas e à arte em geral pelas sociedades digitais?
Será alguma vez possível proteger a autoria digital, nomeadamente recorrendo ao paradigma conhecido por Blockchain? Se houver, por exemplo, uma grande tempestade elétrica, ou uma guerra mundial, quem garante a fiabilidade das redes computacionais? E se os governos assumirem o controle do ciberespaço (como a PCC decidiu fazer na China comunista depois da chegada de Xi Jinping ao poder)? Garantir a autenticidade da arte digital asseguraria, por si só, o valor intrínseco das mesmas, para artistas, colecionadores, mercados de arte e museus?
Poderá, por outro lado, a criptografia ao serviço de bases de dados distribuídas e transparentes (“blockchain) ameaçar a velha ordem capitalista, ou será que, pelo contrário, as bases de dados encriptadas, encadeadas e partilhadas acabarão por ultrapassar mais um estrangulamento da lógica reprodutiva do capitalismo, provocado desta vez por uma crise de recursos e demográfica, bem como pela monetização geral das dívidas públicas e privadas?
Em suma, até que ponto podemos confiar nas Blockchain? Protegerão as autorias e o trabalho criativo em geral, ou serão mais um estímulo à especulação desenfreada e à construção de novas e gigantescas Pirâmides de Ponzi? Será razoável acreditar no advento de uma desejável democracia, simultaneamente transparente, partilhada e segura, bem como no acesso gratuito a bens virtuais protegidos por NFTs?
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Sete tópicos sobre arte e “blockchains” (NFTs)
1) ESCASSEZ — necessidade de proteção da autoria, certificação da propriedade e gestão da raridade.
Que acontece à minha arte (ao meu dinheiro) quando uma empresa NFT vai à falência?
2) COMPLEXIDADE — implica algum processo de criação artística baseado em conhecimento intensivo.
Podemos esperar plataformas mais amigáveis para criar NFTs? iNFTs? Poderão novos desenvolvimentos nos universos da criptografia e da “inteligência artificial” (IA) gerar os seus próprios paradigmas, pós-humanos, de criação e receção artísticas?
3) CÓDIGO BINÁRIO — o modo computacional mais recente para a desmaterialização do objeto de arte, mas a computação quântica poderá estar ao virar da esquina…
Depois da desmaterialização do objeto artístico, podemos também falar de desmaterialização do artista, desmaterialização do público, e desmaterialização do mercado. Não é certo, porém, que a ‘saída’ deva ser sempre digital. A impressão 3D, os processos de bioarte sintética (nomeadamente através do desenvolvimento de ciber-corpos), a retro-engenharia e a deformação do ‘hardware’ e do ‘software’ enquanto processos criativos, a geo-arte e a arte espacial acabarão, um dia, com o ecrã como principal padrão hegemónico da arte digital. Neste enquadramento de expansão científico-tecnológica e filosófica da arte, a revolução NFT poderá parecer uma transformação importante, mas limitada. Seria, por assim dizer, uma condição necessária (daí a importância do ano 2021!), mas não suficiente.
4) METAVERSE — poderão os “NFTs inteligentes” (iNFTs) enviar a arte criptográfica para um estado ainda mais radical na atual revolução cibernética, a qual parece destinada a estabelecer os novos protocolos de definição, autoria, autenticidade, comércio, usufruto e conservação das obras de arte?
5) ARTE PÓS-CONTEMPORÂNEA — sendo ambos materiais, o tempo real é, porém, diferente do tempo digital. Que distância existe, pois, entre a cripto-arte e a tradicional “arte contemporânea” (oriunda do Romantismo e do Modernismo)? Embora possamos encontrar ligações entre algumas obras criptográficas e a genealogia da “arte conceptual” / nomeadamente dadaísta e situacionista, seria talvez prudente aceitar que esta ligação é, de alguma forma, frágil. Houve ou não um terramoto entretanto (Neuromancer, Snow Crash)?
6) GALERIAS E MUSEUS — serão os museus de arte nascidos no século 18 capazes de se adaptarem à revolução cibernética? E as galerias de arte nascidas no século 19, serão elas também capazes de ultrapassarem a crise criada pelos novos meios tecnológicos? O desafio, aparentemente, só agora verdadeiramente começa…
7) REINO SUBJETIVO — como será um Van Gogh criptográfico?
António Cerveira Pinto
Diretor Artístico
TNAF
Last update: Tue14 Sep 2021
TNAF '20'21 